Obama e as armas

"O que devemos fazer é tornar mais difícil os meios que usam para nos matar"

O Presidente Barack Obama foi à televisão na noite deste domingo para dizer ao povo americano que o massacre de San Bernardino, Califórnia, foi um ataque terrorista e que os Estados Unidos vão superar essas ameaças com uma campanha implacável, forte e inteligente contra o Estado Islâmico (ISIS).

O discurso teve como objetivo tranquilizar o povo americano preocupado com a crescente ameaça do terrorismo, mas também foi endereçado aos oposicionistas que acusam o presidente de não ter um plano suficientemente enérgico para enfrentar o radicalismo islâmico.

Obama aproveitou para dar um cutucada nos congressistas conservadores. Ele voltou a pedir ao Congresso a aprovação de uma lei que permita um maior controle de armas no país. E que isso é parte fundamental na luta contra o ISIS. Ele afirmou que atualmente é muito fácil para qualquer pessoa comprar uma arma para atacar norte-americanos.

“Esta é uma questão de segurança nacional", disse Obama e argumentou que o massacre de San Bernardino não teria acontecido se fosse mais difícil comprar armas de assalto nos Estados Unidos. "O que podemos e devemos fazer é tornar mais difícil os meios para que eles possam nos matar”.

O terrorismo, a segurança nacional e o lugar dos muçulmanos na sociedade dos Estados Unidos tornaram-se o principal tema da campanha presidencial para 2016, mais do que em qualquer outro momento desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

Uma nova pesquisa CNN / ORC, divulgada neste domingo, revelou que 60 por cento dos americanos desaprovam a maneira como a administração Obama está enfrentando a ameaça terrorista.